sábado, 4 de abril de 2009

"Devo igualar-te a um dia de verão?"

Sobre Heath Ledger

A morte é cruel.
Para quem fica, resta dor, resta a complexidade da compreensão.
Não sei até quando darei tamanha importância a morte do Heath Ledger. Não sei até quando falarei esse nome com água nos olhos. É tudo tão doloroso e nem conhecida do sujeito eu era. Tudo tão patético. Morte por overdose acidental? Que modernidade é essa que até remédios são fatais?
Morrer é o exagero da vida. Ainda mais dessa forma, sem querer, deixando a massagista esperando, a filha ainda criança, parentes, amigos e milhões de admiradores, como eu, espalhados pelo mundo.
Toda essa revolta porque foi assim: cedo demais.
Heath tinha um filme para gravar, tinha a Matilda para criar, uma vida toda pela frente. E de repente ele perde todo esse direito pelo simples fato de deixar de estar. Restando-nos fotografias e cenas impecáveis.
As fotos vão amarelar, correndo o risco de ficarem mais bonitas e os filmes estarão nas locadoras ou na sala de estar, sempre a nossa disposição. Mas o que dói é que ele não. Nada fará com que ele volte. Isso é o mais patético. Ele foi antes de viver tudo, antes de viver até a rapa. Morrer cedo é como transgredir, desfaz a ordem natural das coisas. E por mais que digam “Ele cumpriu sua missão!” eu digo não, como poderia? Que droga de missão seria essa? A intensidade nesse caso não justifica a morte.
Diferente de todos, Heath, não perdeu a vida sozinho, cada um de nós perdemos todos os dias com a sua eterna ausência.
É.. A morte é cruel. E a dele foi mais trágica que o natural.





Happy birthday, Heath!

1 comentários:

Solange Braga disse...

MEU AMOR ...PUDERA ELE TER TI CONHECIDO...TÃO BRILHANTE QUANTO ELE...