quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eu vou morrendo um pouquinho

Morrendo de saudade dos meus pais.



936 km


Trecho de "No Elevador do Filho de Deus", Elisa Lucinda


"Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de ex persona falida:
- Não, tava só deprimida."

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quando a verdade sai

- Dá aí meu celular. Vou ligar para ele.

Vou pedi-lo em casamento.


Das coisas delicadas que encontro:

"Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo…
tive saudade e tentei me lembrar que gosto
faltava,
qual era a bebida…
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo." Elisa Lucinda


Para musicar:



- Se eu liguei? Não. Perdi o número do infeliz.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Aceito





"Vou mudar-me para os pés: de lá será mais fácil fugir." Aníbal Machado


- Coisa do dia-dia: Morro de vontade de conhecer pessoas no metrô. Falta coragem.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sobre calos

mi diz: mas ainda continua com os calos na mão?

marcella diz: que nada!, agora só no coração.

mi diz: haha, até rimou!


sorria, você está faz-se vida!



"Obrigado/ Por não ter voltado/ Pra buscar as coisas que se acabaram/ E também por não ter dito obrigado/ Ter levado a ingratidão bem guardada" Cazuza



- Para esclarecer: os calos eram por conta da ginástica olímpica.

- Para dar som: