Eu sempre tive vontade de ver o amor com os olhos dela.
Eu tive essa vontade porque tem hora que o amor deve mesmo largar as rédeas desse cavalo inalcançável e ir atrás de, sei lá, algum chão qualquer.
Os olhos da Lara sempre viram mais que os meus. De cara, os dela revelaram o meu romantismo regrado e longe de qualquer idéia maluca que ela ousava me contar.
A Lara sempre foi meio louca. Ela sempre colocou o amor nas conversas como se ele estivesse sentado num banco, um banco mais baixo, daqueles de madeira antiga. O amor para Lara sempre esteve ali: na altura dos olhos dela.
Eu tinha um pré-conceito tão grande. Eu tinha uma cabeça tão pequena. Eu nem percebia que o amor era aquilo mesmo. Aquilo próximo e ali juntinho da gente.
O amor é fácil demais.
Mas não é do amor do Vinicius que eu to falando, quem conheceu sobre a sua história sabe que amor como dele não há de existir nunquinha. Ele mesmo morreu procurando.
O amor da Lara não. O amor dela tá em uma troca de olhar. Um jogo de sedução. Uma voz baixa. Uma ausência de luz. É uma noite.
O amor da Lara é uma história para contar.
(E se eu fosse ela repetiria todas elas, uma por uma, à noite. Só para lembrar do quanto de amor já passou dentro de mim).
É amor que dá filme. Dá trilha sonora. Dá para curar até dor de cabeça.
O amor da Lara não cairá na rotina nunca.
Eu morro de inveja.
Morro também de vontade de um dia sentir um amor assim igual ao dela.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Amor de Lara
Postado por Marcella Braga às 07:07
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2 comentários:
Que um dia então, eu possa sentir e entender o amor desse jeito! Muito lindo, adorei!!
Que texto delicioso!
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