Retirada do Livro dos Abraços de Eduardo Galeano, a crônica é uma das coisas mais bonitas que já lí:
A função da arte/1
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!
Assim, o mar ficou muito maior.
- "É verdade": O ano só começa agora.
- Para comple(men)tar:
3 comentários:
ameeeeei! nada como algumas boas palavras, com um toque de humor, antes de deitar-me para relaxar.. te amo
Gosto da fineza que vc tem para escolher as palavras que entram aqui, no seu filho.
Seu blog é um dos meus preferido, má!
beijos
"Me ajuda a olhar..."
Também tenho que afirmar que, no contexto da história, essa é uma das coisas mais bonitas que já li.
A beleza do mar foi tão grande, que o menino não conseguia enxergá-lo sozinho...
Da mesma forma, a vida é tão grande de bela, que precisamos contar com a ajuda de outros olhos - como esses que tu aqui postas -, para enxergarmos a vida melhormente.
Obrigado por nos emprestar teus olhos de vez quando... ^^
Um abraço,
Jefferson.
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